o que surgiu no peito foi a vontade de fazer promessas ainda que vazias servindo apenas de consolo para mim e o outro o que surgiu no peito foi não fazê-las por saber que a flecha nem sempre é certeira
caminho inverso
e se acontecesse de te dar meus olhos para que você me enxergasse como eu me enxergo vez em quando morreria de tesão ou de tristeza
as curvas das coisas
se meus amigos não aplaudem tanto quanto meus inimigos pergunto logo o que há
mensagem para senhora vida
desculpe-me por embrutecer tanto o olhar
mensagem para o senhor vida
desculpe-me não estou aqui apenas pelo coito
***
.
Isabella Ingra (1993) é poeta, escrivinhadora de palavras, atriz quando convém, mãe e feminista. Nascida em Brasília e no mundo todo.
Foto: Mikhail Nilov / Pexels
o flecha
o que surgiu no peito
foi a vontade de fazer
promessas ainda que vazias
servindo apenas de consolo
para mim e o outro
o que surgiu no peito foi não
fazê-las por saber que a flecha
nem sempre é certeira
caminho inverso
e se acontecesse de te dar meus
olhos para que você me
enxergasse como eu me
enxergo vez em quando
morreria de tesão ou de tristeza
as curvas das coisas
se meus amigos não aplaudem
tanto quanto meus inimigos pergunto logo o que há
mensagem para senhora vida
desculpe-me
por embrutecer tanto o olhar
mensagem para o senhor vida
desculpe-me
não estou aqui apenas
pelo coito
***
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Isabella Ingra (1993) é poeta, escrivinhadora de palavras, atriz quando convém, mãe e feminista. Nascida em Brasília e no mundo todo.
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