Andrea Cohen cresceu em Atlanta, Georgia. Recebeu o MFA da Universidade de Iowa. Cohen é autora dos livros de poesia Everything (Four Way Books, 2021), Nightshade (Four Way Books, 2019), Unfathoming (Four Way Books, 2017), Furs Not Mine, (Four Way Books, 2015), Kentucky Derby (Salmon Poetry, 2011), Long Division (Salmon Poetry, 2009) e The Cartographer’s Vacation (Owl Creek Press, 1999). Furs Not Mine foi vencedor do prêmio Golden Crown Award for Poetry de 2016. A autora tem poemas publicados em mídias como The New Yorker, The Threepenny Review, revista Poetry, The Atlantic Monthly, Glimmer Train, The New Republic, entre outras. Ela dirige a Blacksmith House Poetry Series em Cambridge, Massachusetts.
Brutal
Brutal to give the prisoner a window — a blue sky glimpse —
as if an afterlife existed. Brutal for you to parade
in a body in the same room where I dream you.
Brutal
Brutal entregar uma janela ao prisioneiro — vislumbre de céu azul —
como se um pós-vida existisse. Brutal que você desfile
num corpo na mesma sala onde eu te sonho.
§
The Committee Weighs In
I tell my mother I’ve won the Nobel Prize.
Again? she says. Which discipline this time?
It’s a little game we play: I pretend
I’m somebody, she pretends she isn’t dead.
O Comitê Pesa
Digo a minha mãe que eu recebi o Nobel.
De novo? Ela diz. Em qual disciplina agora?
É uma brincadeirinha que a gente têm: eu finjo
que sou alguém, ela finge que não está morta.
§
After
After the accident we had the phrase after the accident.
Also this: before the accident. We had a drawer marked
before and after, and after and before happenings
we’d add atrocities and incidents and the wild
asters someone before and after keeps leaving.
Depois
Depois do acidente que tivemos a frase depois do acidente.
Também isso: antes do acidente. Tínhamos um gaveteiro marcado
antes e depois, e depois e antes de acontecimentos
adicionaríamos atrocidades e incidentes e as margaridas
selvagens que alguém antes e depois segue deixando.
Ricardo Escudeiro (Santo André-SP, 1984) é (ex) metalúrgico e (ex) professor. Autor dos livros de poemas “a implantação de um trauma e seu sucesso” (Editora Patuá/Editora Fractal, 2019), “rachar átomos e depois” (Editora Patuá, 2016) e “tempo espaço re tratos” (Editora Patuá, 2014). Desenvolve projeto de mestrado dentro do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, na FFLCH-USP. Atua como editor na Fractal e como assistente editorial na Patuá. Criou e ministrou, em 2019, o curso livre “Violências simbólicas e históricas em literaturas de língua portuguesa – poder, diversidade”, oferecido no campus Santo André da UFABC. Possui publicações em mídias digitais e impressas: Escamandro, Revista 7faces, Arribação, Flanzine (Portugal), Enfermaria 6 (Portugal), Tlön (Portugal), Gazeta de Poesia Inédita (Portugal), A Bacana (Portugal), Germina, Jornal RelevO, Mallarmargens, LiteraturaBR, Diversos Afins, Ruído Manifesto, entre outras. Publicou mensalmente, entre 2014-2016, poemas na Revista Soletras, de Moçambique.
Andrea Cohen. Reprodução.
Andrea Cohen cresceu em Atlanta, Georgia. Recebeu o MFA da Universidade de Iowa. Cohen é autora dos livros de poesia Everything (Four Way Books, 2021), Nightshade (Four Way Books, 2019), Unfathoming (Four Way Books, 2017), Furs Not Mine, (Four Way Books, 2015), Kentucky Derby (Salmon Poetry, 2011), Long Division (Salmon Poetry, 2009) e The Cartographer’s Vacation (Owl Creek Press, 1999). Furs Not Mine foi vencedor do prêmio Golden Crown Award for Poetry de 2016. A autora tem poemas publicados em mídias como The New Yorker, The Threepenny Review, revista Poetry, The Atlantic Monthly, Glimmer Train, The New Republic, entre outras. Ela dirige a Blacksmith House Poetry Series em Cambridge, Massachusetts.
Brutal
Brutal to give
the prisoner a window —
a blue sky glimpse —
as if an afterlife
existed. Brutal
for you to parade
in a body
in the same
room where I dream you.
Brutal
Brutal entregar
uma janela ao prisioneiro —
vislumbre de céu azul —
como se um pós-vida
existisse. Brutal
que você desfile
num corpo
na mesma
sala onde eu te sonho.
§
The Committee Weighs In
I tell my mother
I’ve won the Nobel Prize.
Again? she says. Which
discipline this time?
It’s a little game
we play: I pretend
I’m somebody, she
pretends she isn’t dead.
O Comitê Pesa
Digo a minha mãe
que eu recebi o Nobel.
De novo? Ela diz. Em qual
disciplina agora?
É uma brincadeirinha
que a gente têm: eu finjo
que sou alguém, ela
finge que não está morta.
§
After
After the accident we had
the phrase after the accident.
Also this: before the accident.
We had a drawer marked
before and after, and after
and before happenings
we’d add atrocities and
incidents and the wild
asters someone before
and after keeps leaving.
Depois
Depois do acidente que tivemos
a frase depois do acidente.
Também isso: antes do acidente.
Tínhamos um gaveteiro marcado
antes e depois, e depois
e antes de acontecimentos
adicionaríamos atrocidades e
incidentes e as margaridas
selvagens que alguém antes
e depois segue deixando.
§
Os poemas ‘Brutal’ e ‘After’ estão em poetryfoundation.org , e ‘The Committee Weighs In’ está em threepennyreview.com
***
.
Ricardo Escudeiro (Santo André-SP, 1984) é (ex) metalúrgico e (ex) professor. Autor dos livros de poemas “a implantação de um trauma e seu sucesso” (Editora Patuá/Editora Fractal, 2019), “rachar átomos e depois” (Editora Patuá, 2016) e “tempo espaço re tratos” (Editora Patuá, 2014). Desenvolve projeto de mestrado dentro do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, na FFLCH-USP. Atua como editor na Fractal e como assistente editorial na Patuá. Criou e ministrou, em 2019, o curso livre “Violências simbólicas e históricas em literaturas de língua portuguesa – poder, diversidade”, oferecido no campus Santo André da UFABC. Possui publicações em mídias digitais e impressas: Escamandro, Revista 7faces, Arribação, Flanzine (Portugal), Enfermaria 6 (Portugal), Tlön (Portugal), Gazeta de Poesia Inédita (Portugal), A Bacana (Portugal), Germina, Jornal RelevO, Mallarmargens, LiteraturaBR, Diversos Afins, Ruído Manifesto, entre outras. Publicou mensalmente, entre 2014-2016, poemas na Revista Soletras, de Moçambique.
Compartilhe isso:
Curtir isso: