Mar em transe
é do barulho das buzinas amargas na estrada coberta de muros mangues
que deslizam seus olhos oculares nos meus
palavra como pólvora distrai quem passa
buzinas amargas contrastam paixões
bares à esquerda
um homem palanque em chamas
a curva o tráfego
a cidade engolida por fumaça branca
seus pés ao freio meus pés ao mar -
sóis em rosa e amarelo manga
três meninos primos filhos de água salgada
barracas de taipa lua sete palhas do coqueiro
água mansa maré alta em nossos sonhos verdes
Maré mansa
trajado em extenso azul
repousa fixo em berço maternal
denso
tudo carrega
lixo
versos
manhãs
afago
corpos enlaçados dificultam o avanço
aflito
se faz constante
olhar alto
céu negro
memória e estrondo
.
Érika Santos (Maceió – AL, 1995) é escritora, estudante de Letras pela Universidade Federal de Alagoas; integra os grupos Poesia no Caos e Coletivo União das Letras; escreve atualmente para os blogs Todo Dia Literar e Crítica na Tela.
Imagem de Free-Photos por Pixabay
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Érika Santos (Maceió – AL, 1995) é escritora, estudante de Letras pela Universidade Federal de Alagoas; integra os grupos Poesia no Caos e Coletivo União das Letras; escreve atualmente para os blogs Todo Dia Literar e Crítica na Tela.
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