Iniciando uma nova maré em sua carreira, Lorena Nunes fez de 2020 uma onda e tanto. Aliás, desde o final do ano passado, a cantora cearense não para, entre gravações e lançamento de um álbum ao vivo e mais o lançamento de um disco inédito, “La Mar”, cujo trabalho inclui o clipe do single “Calma”. Para a Lorena, cantora, o álbum traz um quê de meditativo, de respiração, de fluidez. Para a outra Lorena, essa aqui que vos escreve em pleno outono londrino, o álbum é um dia de sol. Daqueles abertos, quentes e azuis.
Foi tendo isso em mente que fiz uma lista de 8 ocasiões perfeitas para ouvir este álbum que viciou meu Spotify sem que eu pudesse (nem quisesse) fazer nada para mudar. Já dá o play:
Música: Ponto Cego
“Olhar para o ponto cego e ver que há um universo em cada ser”
Ocasião: Banho de chuveiro, luz apagada, acende umas velas cheirosas, fecha a porta, deixa a água e a música rolarem. Eu testei. Vai por mim.
Músicas: Minha Praia e Tenho Um Verão
“Tenho um verão que mora aqui dentro de mim”
Ocasião: pode escolher qualquer praia. Barra do Ceará, Praia do Futuro, Praia de Iracema, Poço da Draga, Porto das Dunas. Mergulha sem miséria. Come queijinho coalho, toma água de coco, sente o sol arder. Mergulha de novo. Só vai.
Músicas: Detox e Calma
“Ásia, Malásia, Bahia, Senegal, qualquer lugar que não seja aqui”
Ocasião: Noite de sexta-feira, lockdown, sozinha (o) em casa (mesmo com gente em casa), bate aquela ansiedade de não fazer nada, o-a crush some no WhatsApp, a gente só quer um carinho, o mundo tá todo estranho, galera insiste em parecer feliz no Instagram, ninguém aguenta mais o jornal na TV, vontade de sumir, duas garrafas de vinho esvaziadas. Calma. E coloca essas duas músicas no repeat.
Música: Bom dia, Saudade
“E eu fico assim, assim, chega dá dó, sorrio por fora o que dentro chora”
Ocasião: Para fazer uma lista de todas as pessoas que você vai abraçar (e beijar e dançar junto) depois da pandemia.
Música: Deja Caer
“Que hay belleza, hay belleza en el amor”
Ocasião: Para dirigir na estrada, janela aberta, ventinho na cara, dançando com cinto de segurança, fingindo que fala espanhol fluente.
Música: Moi mais Tu
“Romance pesadão, clichê, moi mais tu, cachaça de jambu flambada com glacê… o nosso lance é sabor de pimenta”
Ocasião: Quando você, finalmente, se curva diante da certeza da paixão, do amor ou qualquer coisa que o valha. Manda essa música para ele. Manda para ela, vai.
Música: Chuva Mascavo
“Teu corpo nu, meu corpo nu, desliza a melanina”
Ocasião: Se você não tiver sua própria ideia do que fazer enquanto ouve essa música, sinto muito, mas não sei como ajudar.
Música: Maior dos Continentes
“No mar da contracultura, nadando contra a corrente, a favor da correnteza… La Mar, te navego com respeito”
Ocasião: Para observar, ver, ouvir e sentir todas as referências de Lorena para este disco, com capa de Zé Filho: simbologias ciganas, povos originários, realezas e deidades. Tudo que faz parte do Universo interior cantora, manifestado no La Mar, em honraria à sua ancestralidade, espiritualidade, sagrado feminino, magia e cigania.
Se a lista acima não ajudou, faça sua própria, crie outras situações. Só não deixe de ouvir.
Em tempo: O clipe de “Calma” está no Youtube. O álbum “La Mar” pode ser ouvido no Spotify, Deezer, Tidal, Apple Music, e tudo em quanto.
***
.
Lorena Portela é jornalista e redatora. É cearense, como Belchior. Viveu em Lisboa, terra de Fernando Pessoa, por quatro anos e hoje mora em Londres, cidade de Virginia Woolf.
Foto: Camila de Almeida.
Por Lorena Portela – 10/11/2020
Iniciando uma nova maré em sua carreira, Lorena Nunes fez de 2020 uma onda e tanto. Aliás, desde o final do ano passado, a cantora cearense não para, entre gravações e lançamento de um álbum ao vivo e mais o lançamento de um disco inédito, “La Mar”, cujo trabalho inclui o clipe do single “Calma”. Para a Lorena, cantora, o álbum traz um quê de meditativo, de respiração, de fluidez. Para a outra Lorena, essa aqui que vos escreve em pleno outono londrino, o álbum é um dia de sol. Daqueles abertos, quentes e azuis.
Foi tendo isso em mente que fiz uma lista de 8 ocasiões perfeitas para ouvir este álbum que viciou meu Spotify sem que eu pudesse (nem quisesse) fazer nada para mudar. Já dá o play:
“Olhar para o ponto cego e ver que há um universo em cada ser”
Ocasião: Banho de chuveiro, luz apagada, acende umas velas cheirosas, fecha a porta, deixa a água e a música rolarem. Eu testei. Vai por mim.
“Tenho um verão que mora aqui dentro de mim”
Ocasião: pode escolher qualquer praia. Barra do Ceará, Praia do Futuro, Praia de Iracema, Poço da Draga, Porto das Dunas. Mergulha sem miséria. Come queijinho coalho, toma água de coco, sente o sol arder. Mergulha de novo. Só vai.
“Ásia, Malásia, Bahia, Senegal, qualquer lugar que não seja aqui”
Ocasião: Noite de sexta-feira, lockdown, sozinha (o) em casa (mesmo com gente em casa), bate aquela ansiedade de não fazer nada, o-a crush some no WhatsApp, a gente só quer um carinho, o mundo tá todo estranho, galera insiste em parecer feliz no Instagram, ninguém aguenta mais o jornal na TV, vontade de sumir, duas garrafas de vinho esvaziadas. Calma. E coloca essas duas músicas no repeat.
“E eu fico assim, assim, chega dá dó, sorrio por fora o que dentro chora”
Ocasião: Para fazer uma lista de todas as pessoas que você vai abraçar (e beijar e dançar junto) depois da pandemia.
“Que hay belleza, hay belleza en el amor”
Ocasião: Para dirigir na estrada, janela aberta, ventinho na cara, dançando com cinto de segurança, fingindo que fala espanhol fluente.
“Romance pesadão, clichê, moi mais tu, cachaça de jambu flambada com glacê… o nosso lance é sabor de pimenta”
Ocasião: Quando você, finalmente, se curva diante da certeza da paixão, do amor ou qualquer coisa que o valha. Manda essa música para ele. Manda para ela, vai.
“Teu corpo nu, meu corpo nu, desliza a melanina”
Ocasião: Se você não tiver sua própria ideia do que fazer enquanto ouve essa música, sinto muito, mas não sei como ajudar.
“No mar da contracultura, nadando contra a corrente, a favor da correnteza… La Mar, te navego com respeito”
Ocasião: Para observar, ver, ouvir e sentir todas as referências de Lorena para este disco, com capa de Zé Filho: simbologias ciganas, povos originários, realezas e deidades. Tudo que faz parte do Universo interior cantora, manifestado no La Mar, em honraria à sua ancestralidade, espiritualidade, sagrado feminino, magia e cigania.
Se a lista acima não ajudou, faça sua própria, crie outras situações. Só não deixe de ouvir.
Em tempo: O clipe de “Calma” está no Youtube. O álbum “La Mar” pode ser ouvido no Spotify, Deezer, Tidal, Apple Music, e tudo em quanto.
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Lorena Portela é jornalista e redatora. É cearense, como Belchior. Viveu em Lisboa, terra de Fernando Pessoa, por quatro anos e hoje mora em Londres, cidade de Virginia Woolf.
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