Sangue memoriado de azul concha – dois olhos – exoesqueleto visão antiga. Sangue memoriado de azul navegações ilhas perdidas praias desertas dentro do mais secreto de mim. Sangue memoriado de azul espelho d’água sol e lua estrelas do mar no lugar de espadas peixe. Sangue memoriado de azul tempo suspenso proas naus silêncios a banhar o mundo. Sangue memoriado de azul secreta cor a nos formar espinhos.
*
Destroços
Meu coração âncora ilhada fixa regressada dentro de mim de natureza falha um amontoado de tempo espaço aberto em si mesmo infinito. Meu coração âncora decomposta líquida extensa em seu signo eterno fortaleza flácida abraçada à concha translúcida em segredos – réstia de luz. Meu coração âncora falida suspensa sua essência amplia a paisagem.
Os dois poemas estão no livro Flor de Sal (Editora Penalux, 2020), de Mell Renault.
Mell Renault é escritora e dramaturga. Mineira de Belo Horizonte, tem 35 anos, quatro filhos e é casada com o fotógrafo e escritor Carlos Figueiredo – que mantém e organiza sua obra artística. Manteve, dos 15 aos 25 anos, o blogue Pensamento Polaroid – que deixou de ser blogue para se tornar um fanzine de incentivo à leitura. Edita Plaquetes Literárias independentes com temas diversos, como a Série Diálogos, lançada em 2020, que dialoga com obras de autores consagrados da literatura nacional, projeto ainda em andamento. Publicou em diversas revistas literárias: Diversos Afins, Alagunas, Mallarmargens, Ruído Manifesto, Desvario e Caliban, é também colaboradora da revista literária InComunidade (Portugal). Lançou em 2019, seu livro de poemas “Patuá” e em 2020 lançou o livro de poemas “Flor de Sal” pela Editora Penalux.
Imagem: Pixabay.
Anil
Sangue memoriado
de azul
concha
– dois olhos –
exoesqueleto
visão antiga.
Sangue memoriado
de azul
navegações
ilhas perdidas
praias desertas
dentro
do mais secreto
de mim.
Sangue memoriado
de azul
espelho d’água
sol e lua
estrelas do mar
no lugar de espadas
peixe.
Sangue memoriado
de azul
tempo suspenso
proas
naus
silêncios a banhar o mundo.
Sangue memoriado
de azul
secreta cor
a nos formar
espinhos.
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Destroços
Meu coração
âncora ilhada
fixa
regressada
dentro de mim
de natureza falha
um amontoado
de
tempo espaço
aberto
em si mesmo
infinito.
Meu coração
âncora decomposta
líquida
extensa
em seu signo eterno
fortaleza
flácida
abraçada à concha
translúcida em segredos
– réstia de luz.
Meu coração
âncora falida
suspensa
sua essência amplia
a paisagem.
Os dois poemas estão no livro Flor de Sal (Editora Penalux, 2020), de Mell Renault.
Link de venda do livro: https://www.editorapenalux.com.br/loja/flor-de-sal/
Link do site da autora: http://escritoramellrenault.com.br/
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Mell Renault é escritora e dramaturga. Mineira de Belo Horizonte, tem 35 anos, quatro filhos e é casada com o fotógrafo e escritor Carlos Figueiredo – que mantém e organiza sua obra artística.
Manteve, dos 15 aos 25 anos, o blogue Pensamento Polaroid – que deixou de ser blogue para se tornar um fanzine de incentivo à leitura. Edita Plaquetes Literárias independentes com temas diversos, como a Série Diálogos, lançada em 2020, que dialoga com obras de autores consagrados da literatura nacional, projeto ainda em andamento. Publicou em diversas revistas literárias: Diversos Afins, Alagunas, Mallarmargens, Ruído Manifesto, Desvario e Caliban, é também colaboradora da revista literária InComunidade (Portugal). Lançou em 2019, seu livro de poemas “Patuá” e em 2020 lançou o livro de poemas “Flor de Sal” pela Editora Penalux.
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