“Uma escritora do sertão do Ceará, do Cariri, com seu prêmio APCA de Melhor Livro de 2019 na Categoria Contos. Não fico toda pába, é sobre a gente. O “Redemoinho em dia quente” é a gente todinho. Quem ainda não leu, pega bigu!”
Assim comemorou a premiação inédita numa rede social a escritora, cordelista, poeta, Jarid Arraes.
A escritora, que desde dezembro de 2014 vive em São Paulo, foi uma das premiadas do 63º Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes).
A cerimônia ocorreu nesta segunda-feira (17) no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e reuniu artistas e produtores para celebrar os melhores de 2019. O vencedor das dez categorias recebeu um troféu criado pelo artista plástico Francisco Brennand, morto no ano passado.
Nascida e criada em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), em 12 de fevereiro de 1991, Jarid Arraes, além de “Redemoinho em dia quente” é autora também de “Um buraco com meu nome”, “As lendas de Dandara” e “Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis”.
Cresceu entre os cordéis escritos pelo pai e o avô e os livros da mãe, professora. Aprendeu a ler antes de chegar à escola e, depois dos cordéis, descobriu a poesia de Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Goulart, Augusto dos Anjos, entre outros. Graças a isso, começou a escrever também muito cedo, fazendo biografias de mulheres negras em cordel.
Em São Paulo, criou, em outubro de 2015, o Clube da Escrita para mulheres e tem mais de 70 títulos publicados em literatura de cordel..
Comentando sobre a cerimônia de premiação do 63º Prêmio APCA, a escritora destacou que “Redemoinho em dia quente” foi, da capa a revisão, um livro todo feito por mulheres. “Dedico esse prêmio a todas as mulheres que fazem parte dele. As ficcionais e as reais”, escreveu numa rede social.
Destaque na última edição da FLIP, Jarid Arraes também pontua que seu livro é um livro com sotaque. “Escrito com as palavras que são faladas no sertão cearense, no Cariri, assim como são ditas. Não ‘corrigidas’ para uma pasteurização, mas corretas, sim, porque é nossa língua, nosso vocabulário vivo, cheio de símbolos e significados complexos. “Mulesta” não é mesma coisa que “moléstia”. O sertão do Ceará é tão cheio de vida e complexidade, tão além dos estereótipos que infelizmente pregaram nos nossos olhos”.
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Confira a lista completa de premiados AQUI
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“Uma escritora do sertão do Ceará, do Cariri, com seu prêmio APCA de Melhor Livro de 2019 na Categoria Contos. Não fico toda pába, é sobre a gente. O “Redemoinho em dia quente” é a gente todinho. Quem ainda não leu, pega bigu!”
Assim comemorou a premiação inédita numa rede social a escritora, cordelista, poeta, Jarid Arraes.
A escritora, que desde dezembro de 2014 vive em São Paulo, foi uma das premiadas do 63º Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes).
A cerimônia ocorreu nesta segunda-feira (17) no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e reuniu artistas e produtores para celebrar os melhores de 2019. O vencedor das dez categorias recebeu um troféu criado pelo artista plástico Francisco Brennand, morto no ano passado.
Nascida e criada em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), em 12 de fevereiro de 1991, Jarid Arraes, além de “Redemoinho em dia quente” é autora também de “Um buraco com meu nome”, “As lendas de Dandara” e “Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis”.
Cresceu entre os cordéis escritos pelo pai e o avô e os livros da mãe, professora. Aprendeu a ler antes de chegar à escola e, depois dos cordéis, descobriu a poesia de Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Goulart, Augusto dos Anjos, entre outros. Graças a isso, começou a escrever também muito cedo, fazendo biografias de mulheres negras em cordel.
Em São Paulo, criou, em outubro de 2015, o Clube da Escrita para mulheres e tem mais de 70 títulos publicados em literatura de cordel..
Comentando sobre a cerimônia de premiação do 63º Prêmio APCA, a escritora destacou que “Redemoinho em dia quente” foi, da capa a revisão, um livro todo feito por mulheres. “Dedico esse prêmio a todas as mulheres que fazem parte dele. As ficcionais e as reais”, escreveu numa rede social.
Destaque na última edição da FLIP, Jarid Arraes também pontua que seu livro é um livro com sotaque. “Escrito com as palavras que são faladas no sertão cearense, no Cariri, assim como são ditas. Não ‘corrigidas’ para uma pasteurização, mas corretas, sim, porque é nossa língua, nosso vocabulário vivo, cheio de símbolos e significados complexos. “Mulesta” não é mesma coisa que “moléstia”. O sertão do Ceará é tão cheio de vida e complexidade, tão além dos estereótipos que infelizmente pregaram nos nossos olhos”.
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